terça-feira, 30 de junho de 2020

Entrevista com Mariana Rosa - Presidente da AHUP - DF





































Mariana Rosa

Formada em Administração e graduanda em Direito.

Qual é o seu trabalho à frente da AHUP - DF?

Presidente da Associação Humanizando Presídios DF.

O que a motivou a desenvolver esse trabalho?

Ter um irmão preso me fez sentir na pele o descaso, o desprezo, o escárnio, e o preconceito que pessoas com privação de liberdade, bem como seus familiares sofrem.
Um submundo inviabilizado pela sociedade hipócrita, que acredita fielmente que segurança pública se resolve com encarceramento em massa.


Qual é o maior desafio da mulher que está encarcerada?

1° Manter-se viva; 2° Cumprir a pena o mais rápido possível.

Qual é o maior desafio da mulher egressa do sistema prisional?

Se livrar dos preconceitos e conseguir se reinserir na sociedade, através de oportunidade de emprego.

O que ajuda a mulher egressa a se estabelecer na sociedade? / O que a sociedade pode fazer para propiciar isso?

Conforme o último levantamento INFOPEN/Depen, mais 60% das mulheres estão encarceradas por conta de tráfico de drogas. O alto desemprego e a oferta/ilusão de melhores condições financeiras levam muitas dessas mulheres a entrarem no abismo do tráfico.
Logo, sem sombra de dúvida, a resposta para esta pergunta é oportunidade de trabalhar dignamente.


No seu caso, descobrimos que ser do signo de Peixes a faz sensível as dores do outro. Você acha que ajudar essas pessoas é uma espécie de missão?

Sim. O meu signo me orienta intensamente à um senso de solidariedade e empatia!
Esse lado humanista e intuitivo de peixes me faz enxergar valores nas pessoas, muito além do que demonstram ser.
E como você disse no meu atendimento: é uma compreensão que aprendi de berço, que quanto mais a gente se doa, mas recebemos do Universo.

Como esse trabalho transformou você e a sua vida?

Primeiro que confirmou o caminho que tenho feito em prol do próximo!
Também tem me feito parar, refletir e agradecer ao Universo sobre o amadurecimento precoce que precisei ter na minha infância e adolescência. Foram essas cicatrizes que me fizeram ter a força que tenho hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário